Uma tonelada de surdez
- Maria Lua Ribeiro
- 26 de jul. de 2015
- 1 min de leitura
Faltando cerca de sete meses para as comemorações carnavalescas de 2016, período muito representativo em todos os sentidos para nós pernambucanos que temos uma diversidade imensa de manifestações culturais e artísticas, o grupo Maracaatômico já agita o centro do Recife todos os fins de semana com o som pesado de suas percussões. Com influências do Maracatu Nação Porto Rico, eles tratam a cultura como cultura, incorporando novos ritmos aos instrumentos tradicionais.

A coordenadora geral do grupo, Elaine Torres, contou que a proposta deles é dar uma nova roupagem às músicas regionais já consagradas, tocando o que é genuinamente pernambucano, além de outras adaptações que também fazem sucesso fora do Estado. E com apenas dez meses de fundação e um carnaval na bagagem, o grupo percussivo atrai gente de todas as idades. Têm alunos de 12 até 60 anos.

Os ensaios acontecem todos os sábados a partir das 14h na Rua da Guia, e são oferecidas bolsas para estudantes de escola pública que tem interesse em ingressar no grupo. Na música são ministradas oficinas e aulas de alfaia, timbal, caixa, agbê e djembê, como também dança, poesia e teatro. Além de ministrar palestras sobre a cultura pernambucana e direitos humanos, com o propósito de afastar os jovens das drogas. O Maracaatômico é um novo conceito de maracatu e está em constante interação com o público por meio da arte. É o maracatu de raiz fervendo as ruas do Recife Antigo e encantando os ouvidos de quem passa enquanto o carnaval não chega.

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